A perda da adolescência

Conheci um rapaz quando tinha 13 anos e me apaixonei por ele, ele era 10 anos mais velho que eu. Começamos a se encontrar, ele era casado e aos 15 anos eu engravidei, desconfiada fugi de casa com uma “amiga” para São Paulo onde permaneci lá por 3 ou 4 dias não lembro, passei fome até minha família descobrir meu paradeiro, e foram me buscar na rodoviária, meu pai depois que me encontraram me expulsou de casa, onde fui morar com uns parentes que lógico não foi nada bom pois queria estar perto dos meus pais. Sofri bastante até que liguei para minha irmã pedindo para que ela falasse com meu pai para eu voltar e a muito custo ele me aceitou, sofri bastante pois o rapaz foi meu primeiro amor e eu o amava muito. Aos 7 meses de gravidez eu passei muito mal e fiquei internada por uma semana toda inchada, até que em um domingo após 1 semana me levaram para ganhar minha filha, para mim foi um sonho onde eu estaria com ela em meus braços. Minha filha nasceu linda escolhi o nome dela a hora que olhei para o seu rostinho, mas o sonho virou pesadelo, tiraram ela de meus braços rápido demais e no mesmo dia descobriram que eu estava com infecção, quando os médicos me diagnosticaram eu estava com a apendicite supurada, que contaminou todos os meus órgãos inclusive minha filha.

Fui  para o centro cirúrgico sem ver minha filha novamente, depois de horas na cirurgia segundo relatos da minha mãe fiquei desacordada, o médico disse a ela que acreditasse em Deus e rezasse, pois ele nem em Deus acreditava mais. Fiquei em coma mais ou menos 2 meses, quando recuperei a memória estavam me levando para a enfermaria, abri os olhos e vi meu pai chorando, eu estava entubada e  recebendo sangue, pois havia perdido sangue demais, minha barriga estava toda retalhada na verdade aberta, pois como eles pensavam que eu iria morrer nem costuraram, só quando melhorei. Queria ver minha filha, mas não pude, só através de um vidro ou de longe por causa de infecção, ao longo do tempo fui me recuperando e logo recebi alta para ir para casa ficar com minha filha que era um fruto de amor que eu sentia por ele. Não pude amamenta- lá quando voltei para casa, ela já estava com 3 meses, mais curti muito, na época foi difícil mais agora ela está uma moça com 16 anos e muito bonita, essa é um pouco da minha história por que se fosse conta-lá inteira escreveria um livro.

P.S. 31 anos.